17/11/2017

Educação Pública no séc. XXI

Dinheiro não falta e escolas também não. Há professores e os alunos recebem todos os livros, alimentação e transporte. No Ensino Médio, só a burrice dos burocratas e a preguiça dos alunos faz com que a Educação seja algo fantasioso, ineficaz e ineficiente.
Não se pode dizer isso do Ensino Fundamental e da Educação Infantil. Em qualquer série, do CA (classe de alfabetização) ao 9º Ano, o que encontramos são, em sua maioria, professores despreparados para conduzir a criança ou o adolescente a uma construção sólida do conhecimento proposto.
Durante o processo de alfabetização em sua língua materna, a criança tem que lidar com outros assuntos e tarefas que, quando são para serem feitos em casa, acabam por se tornar serviço para os pais. A alfabetização matemática deveria vir logo após, mas em seu lugar as crianças aprendem a decorar símbolos e regras, no fundo, desconhecidos da própria professora. Ela, coitada, em sua formação técnica no EM, não recebe a devida preparação para introduzir o estudo das Ciências e das Matemáticas. Quando vai para a sala de aula, ensina como lembra de ter aprendido como aluna. A didática passa longe dali, conceitos pedagógicos são todos esquecidos nas folhas de prova do curso de formação.
Ao entrar no II ciclo do EF, o aluno está tão distante de possuir habilidades que o levem a uma aprendizagem significativa que só resta aos professores dessa etapa encherem a lousa de matéria para ser copiada – mesmo que nada tenha sido aprendido. Então, um aluno que tem o caderno completo, não “abre a boca” em sala de aula (nem para participar com perguntas ou sugestões) e não cria nenhum tipo de embaraço para professores e direção, é considerado bom.

(continua)