20/09/2016

Sem Luta não há Vitória


Não sei se foi a televisão, o controle remoto, os jogos eletrônicos, as tantas comodidades que temos hoje que nos trouxe um surto de preguiça mental sem precedentes na história da humanidade.
Não interessa a causa, o que interessa é que preguiça é quase uma doença e pode ser combatida com um único remédio: força de vontade.
Parece fácil, mas como já disse Mc Cochi, “fácil é ilusão”. Há que se travar uma guerra contra esse mal que nos afasta de nossos sonhos, planos e desejos.
Antes de falarmos mais sobre a preguiça, vamos ser justos: a Escola não ajuda muito. Não tenho dados oficiais sobre isso e nem a pretensão de escrever um artigo científico então posso dizer baseado em minha experiência docente que a Educação Infantil e os primeiros anos do Ensino Fundamental plantam a semente dessa preguiça observada no Ensino Médio quando jogam o nível do Ensino láááá para baixo. Essa prática, de tirar do currículo os tópicos mais complicados e de aplicar instrumentos de avaliação com nível de dificuldade muito aquém das possibilidades de determinada série tem inteira aprovação das autoridades educacionais preocupadas apenas com estatísticas de aprovação e não-evasão.
Se você está em um navio que está afundando, não adianta sentar, reclamar e esperar ser engolido pela água. É a sua vida que está em jogo e você fará tudo que estiver ao seu alcance para se salvar.
O panorama político e econômico do País vai mal? Parece que não vale a pena lutar por nada? Você acha que vai morrer cedo e por isso não precisa investir no seu futuro? Nada disso pode ser desculpa para a sua falta de empenho naquilo que você faz, que é estudar.
Vamos ver se conseguimos entender a conjuntura em torno da formação escolar. O governo pretende que os alunos da escola pública estejam guardados e bem alimentados e que saibam escrever, ler e usar as “quatro operações”. Com isso ele garante uma multidão de pacíficos cidadãos (?!) para executar o trabalho pesado. A direção da escola é tão assoberbada de prestações de serviço que não dá conta da gestão pedagógica da escola. O pessoal extraclasse, os/as pedagogos(as) estão preocupados(as) com a burocracia do processo – notas, recuperação de notas, dependência, etc. Os professores correm de um colégio para outro o dia todo sem tempo para preparar aulas instigantes e interessantes. Isso quando não estão de “boca aberta esperando a ‘aposentadoria’ chegar”.
O aluno por sua vez é o produto de tudo isso, e um pouco mais: como as escolas evitam fazer reuniões pedagógicas para que os professores não se reúnam, cada um toca o barco a seu bel prazer, deixando a galerinha sem saber o que deve fazer. O professor de História enche o quadro de matéria para copiar, o de Filosofia fala sem parar e o de Física acha que todo mundo aprendeu Matemática e a interpretar um texto...
Moçada, ninguém vai fazer sua vida acontecer. O tiro de largada já foi dado, se você não começar a correr, jamais alcançará a linha de chegada. Não importa tanto ser o primeiro ou o segundo; importa chegar!
Mas você só corre se tiver uma motivação. Lembrei da história daquele ciclista que participava de uma corrida importante cujo prêmio era uma quantia suficiente para que ele pudesse pagar o tratamento da mãe que estava doente. Os últimos quilômetros da corrida eram feitos subindo-se uma ladeira. Os ciclistas estavam quase esgotados, mas aquele nosso amigo começou a pedalar cada vez mais forte e deixou todo mundo para trás, ganhando a corrida.
Perguntado por um repórter onde ele arranjou forças, ele respondeu: eu olhava para os morros por trás da coolina que subimos e via um M. isso me fazia lembrar que eu estava ali pela minha Mãe...
É isso galera: MOTIVAÇÃO.

Não tem? Arranje uma. Pense no que você estará fazendo daqui a dez anos. Em seguida pense no que é preciso para consegui-lo. Com certeza não será deixar o tempo passar ou entrar na do Zeca Pagodinho numa de “deixa a vida me levar”, porque a vida pode acabar levando você para algum lugar onde só haverá dor e arrependimento por não ter aproveitado as oportunidades que o Bom Deus lhe dá como, por exemplo, poder estudar.