Cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN)
conseguiram "enxergar" pela primeira vez dentro da antimatéria, o que
forneceu informações inéditas sobre sua estrutura interna.
Jeffrey Hangst, o porta-voz do
experimento que busca a antimatéria, o ALPHA, anunciou nesta quarta-feira, 7,
que foi realizada "a primeira, embora modesta", medida do espectro do
antiátomo, no caso do antihidrogênio, um "avanço enorme" no caminho
para decifrar um dos mistérios mais profundos da física e das partículas e
talvez para entender a própria existência do Universo.
"O que estamos fazendo é
olhar dentro da antimatéria, dentro de um átomo de matéria, pela primeira vez.
Estamos estudando isto da mesma maneira que os físicos atômicos estudaram o
hidrogênio, o hélio e outros átomos da tabela periódica, estamos tratando o
átomo de antimatéria da mesma maneira", afirmou.
"É um passo enorme que
nunca tínhamos conseguido até agora", acrescentou Hangst. As conclusões da
pesquisa foram publicadas no último número da revista científica
"Nature".
Vivemos num mundo aparentemente
formado unicamente por matéria, apesar de antes do Big Bang (a explosão que deu
origem ao Universo há 14 bilhões de anos) a matéria e a antimatéria existiram
na mesma própria proporção.
Portanto, conhecer a estrutura
do antiátomo é penetrar no desconhecido e desafiar as leis vigentes da física.
Cientistas do Centro Europeu de
Pesquisa Nuclear (CERN) conseguiram "enxergar" pela primeira vez
dentro da antimatéria, o que forneceu informações inéditas sobre sua estrutura
interna.
Jeffrey Hangst, o porta-voz do
experimento que busca a antimatéria, o ALPHA, anunciou nesta quarta-feira, 7,
que foi realizada "a primeira, embora modesta", medida do espectro do
antiátomo, no caso do antihidrogênio, um "avanço enorme" no caminho
para decifrar um dos mistérios mais profundos da física e das partículas e
talvez para entender a própria existência do Universo.
"O que estamos fazendo é
olhar dentro da antimatéria, dentro de um átomo de matéria, pela primeira vez.
Estamos estudando isto da mesma maneira que os físicos atômicos estudaram o
hidrogênio, o hélio e outros átomos da tabela periódica, estamos tratando o
átomo de antimatéria da mesma maneira", afirmou.
"É um passo enorme que
nunca tínhamos conseguido até agora", acrescentou Hangst. As conclusões da
pesquisa foram publicadas no último número da revista científica
"Nature".
Vivemos num mundo aparentemente
formado unicamente por matéria, apesar de antes do Big Bang (a explosão que deu
origem ao Universo há 14 bilhões de anos) a matéria e a antimatéria existiram
na mesma própria proporção.
Portanto, conhecer a estrutura
do antiátomo é penetrar no desconhecido e desafiar as leis vigentes da física.
A medida do espectro do
antihidrogênio realizada no CERN representa um enorme avanço pois permite
comparar o hidrogênio com seu equivalente de antimatéria e poderia explicar
"por que a natureza teve uma preferência pela matéria ao invés da
antimatéria".
"Demonstramos que podemos
comprovar a estrutura interna do antihidrôgenio e agora sabemos que é possível
projetar experimentos para fazer uma medida detalhada dos antiátomos",
explicou Hangst.
O modelo padrão da física
estabelece que o hidrogênio e seu antiátomo deveriam possuir um espectro
idêntico. O responsável pelo ALPHA explicou que o objetivo é confirmar ou
descartar se existe uma diferença entre os dois espectros, para estabelecer se
o modelo padrão -a teoria que descreve as interações fundamentais conhecidas
entre as partículas que compõem a matéria- é aplicável também à antimatéria.
"Esta é a primeira medida
espectroscópica que se conseguiu. Repetimos o experimento cerca de 300 vezes
para obter o resultado", comemorou o cientista, que adiantou que durante
os próximos anos se trabalhará para melhorar a exatidão das medidas.
"Com a precisão atual não
é possível verificar as diferenças entre as medidas de hidrogênio e
antihidrogênio, por isso no futuro empregaremos outros mecanismos de medida,
como o laser", disse.
Em junho do mês passado, o
ALPHA conseguiu reter pela primeira vez átomos de antimatéria durante mais de
dezesseis minutos, tempo suficiente para começar a estudar suas propriedades.
A medida do espectro do
antihidrogênio realizada no CERN representa um enorme avanço pois permite
comparar o hidrogênio com seu equivalente de antimatéria e poderia explicar
"por que a natureza teve uma preferência pela matéria ao invés da
antimatéria".
"Demonstramos que podemos
comprovar a estrutura interna do antihidrôgenio e agora sabemos que é possível
projetar experimentos para fazer uma medida detalhada dos antiátomos",
explicou Hangst.
O modelo padrão da física
estabelece que o hidrogênio e seu antiátomo deveriam possuir um espectro
idêntico. O responsável pelo ALPHA explicou que o objetivo é confirmar ou
descartar se existe uma diferença entre os dois espectros, para estabelecer se
o modelo padrão -a teoria que descreve as interações fundamentais conhecidas
entre as partículas que compõem a matéria- é aplicável também à antimatéria.
"Esta é a primeira medida
espectroscópica que se conseguiu. Repetimos o experimento cerca de 300 vezes
para obter o resultado", comemorou o cientista, que adiantou que durante
os próximos anos se trabalhará para melhorar a exatidão das medidas.
"Com a precisão atual não
é possível verificar as diferenças entre as medidas de hidrogênio e
antihidrogênio, por isso no futuro empregaremos outros mecanismos de medida,
como o laser", disse.
Em junho do mês passado, o
ALPHA conseguiu reter pela primeira vez átomos de antimatéria durante mais de
dezesseis minutos, tempo suficiente para começar a estudar suas propriedades.
fonte:
jornal Estado de São Paulo, edição de 10.03.2012