26/11/2017
18/11/2017
17/11/2017
Educação Pública no séc. XXI
Dinheiro não falta e escolas também não. Há professores e os
alunos recebem todos os livros, alimentação e transporte. No Ensino Médio, só a
burrice dos burocratas e a preguiça dos alunos faz com que a Educação seja algo
fantasioso, ineficaz e ineficiente.
Não se pode dizer isso do Ensino Fundamental e da Educação
Infantil. Em qualquer série, do CA (classe de alfabetização) ao 9º Ano, o que
encontramos são, em sua maioria, professores despreparados para conduzir a
criança ou o adolescente a uma construção sólida do conhecimento proposto.
Durante o processo de alfabetização em sua língua materna, a
criança tem que lidar com outros assuntos e tarefas que, quando são para serem
feitos em casa, acabam por se tornar serviço para os pais. A alfabetização
matemática deveria vir logo após, mas em seu lugar as crianças aprendem a
decorar símbolos e regras, no fundo, desconhecidos da própria professora. Ela,
coitada, em sua formação técnica no EM, não recebe a devida preparação para
introduzir o estudo das Ciências e das Matemáticas. Quando vai para a sala de
aula, ensina como lembra de ter aprendido como aluna. A didática passa longe
dali, conceitos pedagógicos são todos esquecidos nas folhas de prova do curso
de formação.
Ao entrar no II ciclo do EF, o aluno está tão distante de
possuir habilidades que o levem a uma aprendizagem significativa que só resta
aos professores dessa etapa encherem a lousa de matéria para ser copiada –
mesmo que nada tenha sido aprendido. Então, um aluno que tem o caderno
completo, não “abre a boca” em sala de aula (nem para participar com perguntas
ou sugestões) e não cria nenhum tipo de embaraço para professores e direção, é
considerado bom.
(continua)
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